23/12/2016

Feliz Ano Novo- 2017 -REVEILLON

CRÔNICAS DO REVEILLON
Nas asas dos versos vou revoando no limite dos anos que se encontram daqui a algumas horas
O meu “eu lírico” vai navegando nas aventuras humanas, e rindo dos fatos, do Amor que encasula o meu peito aquecendo os sonhos nas ribanceiras que a vida provoca na dança da alma nua dos poetas e poetisas. Caminho por este caminho inédito, que trilhei uma vez pra nunca mais. O que foi escrito ficou grafado, e as histórias protagonizadas, unicamente ficam escritas em nossa cabana dos sentimentos ou na tenda da fraternidade que nos cercam dia e noite.
Na tábua do coração ou na fibra ótica da alma que incandesce em meio às luzes do Natal, O Novo vai surgindo em meio à esperança, que entrelaçam nos sonhos que se agigantam na viela da vida,e, que sorrateiramente vai passando junta ao tempo que pinga feito gotas de areia no deserto da vida humana. A Humanidade se Abraça, cada um há seu tempo no compasso do tempo, dos últimos minutos do ano. Contagem regressiva e as almas banhadas de esperanças, euforicamente ou presas a um silêncio mórbido caminham sobre a ponte do tempo.
Nos últimos minutos, o relógio do tempo fica em pausa, esperando as pessoas se abraçarem para dar início ao novo ano.
Deixando para trás, e arquivado na memória um tempo que girou vagarosamente 365 graus, e que, agora fica estatizado, e começar a girar no hoje e no amanhã ao mesmo tempo,No “Réveillon” Sem intervalo se une dando início a mais um capítulo de três centenas seis dezenas e 5 unidades. Nessas unidades únicas acontecerá: a passagem, a mudança, a virada, o reinício da primeira página de um capítulo inédito, como acontece há milênios.
 Debulhamos-nos na ladeira das emoções e como grãos arredondados descemos, subindo os degraus que a vida construiu diante dos nossos olhos, para que nesse exercício consigamos alcançar os sonhos mais distantes. Degraus feitos de: Esperanças, gentilezas honestidade, maturidade atitudes, e muitos outros degraus que precisaremos estar passo a passo desenhando nossa caminhada  sendo o personagem principal de nossas histórias de vida que nos segue de perto fazendo vibrar a existência dos seres.
Que os períodos sejam compostos, e os adjetivos cubram nossos seres de virtudes, que os signos sejam palavras significativas, as metáforas enfeitem o nosso amanhecer, tornando-o numa metonímia adocicada e repleta de conteúdo do amor, e que este sol brilhe em nosso jardim aquecendo o quintal das nossas vidas. Que os sonhos se convirjam neste próximo ano, deixando nosso ser ensopado do mel da vida. Assim, persigamos, sendo protagonista das nossas histórias.
Preenchemos cada página desse novo ano, sabendo que são únicas. O tempo é único, não retrocede podemos até corrigir reescrevendo outra página, mas nunca apagar o que continua sem pausa sendo escrito pelo lápis do tempo, pintado pelo pincel do existir em outro tempo, mas nunca no mesmo tempo.
 Então que sejamos professores, não simplesmente platéia no palco da vida. Vamos dar as mãos e conquistarmos juntos, a sublimidade de sermos mais humanos a cada dia deste novo tempo, que se explode em tom de luzes, numa sinfonia fonocromática adocicando os sonhos com os gestos mais humano que blindam  com fios de diamante e aço a teia humana.
       Dias atrás, observo serenamente a lua disvestida parcialmente por um manto noturno de cetim olho, e torno a olhar, enchendo meu peito de escamas ao arrepiar dos pés ao coro cabeludo então escrevo até o sono chegar. Vou nesta dança dos sentimentos olhando o reflexo da lua sobre a cama do nosso ninho de amor enquanto as luzes de natal piscam na vidraça refletindo na superfície lunar distante adormecida serenamente, noitificada parcialmente por um pequeno manto de cetim
 Aqui as histórias surgem feito ondas magnéticas, vibrando a cada atitude tomada neste espaço só nosso. Os núcleos atômicos giram numa magistral catarse que deixa translúcidos os espaços da emoção. Meus pensamentos voam por um mar de poesia que só “eu” sei o caminho desconhecido que vou conhecendo e desconhecendo pra ter um sabor mais gostoso a cada descoberta. Às vezes prefiro estar perdido, e me encontro dentro dos meus poemas que não são tão meus, mas da humanidade que vive e revive intensamente o Amor.
Assim desejo ser poeta reinventando o que sempre existiu na história do tempo, das descobertas secretas que revigora nostalgicamente o sabor da paixão vivida. Da chama ígnea, da cor alabastro que fotografa a alma “scanneing” o profundo dos seres.  
Com olhares descortinados atravessaremos este compasso termitente do tempo, diante da janela da vida, que reúnem: os milésimos, segundos minutos, horas, dias, semanas e meses para formar a história de mais um ano que se emerge a cada segundo da despedida do outro que desce na correnteza do riacho do tempo inudado de saudades.

Denival Matias-