11/06/2017

DIA DOS NAMORADOS(Os Passos de uma conquista)

Os passos da conquista

Ninho do amor
Gotas de orvalho; pingo de chuva;
Goteiras; correnteza; rios; cachoeira;
Lagos; oceano; - um mar- alagou-me,
Estou cheio; meu peito transborda,
Em meio a tanta beleza,
minha alma suspira,
Um mergulho; emoções; descobertas;
O encontro; olhos fitos;
um sorriso afetivo:
beijam-se dois corações;
Submergidos; sorridentes;
Obstinação; introspecção; intuspecção;
Aliança; diálogo, no amar. Amor ?
Atitudes valem mais; mil palavras; sem palavras
Inexplicável; o sentir.
Doce lua! Emite sons; tua beleza nua
Corpo descrito de amor
Codificado; traduzirei;
Cada ponto da tua nitidez;
Favos; sabores distintos; teus lábios;
A cada respiração.

DIA DOS NAMORADOS


Namorando
Uma pequena cancela:
Abro e vou ao encontro dela
Lá vem ela, correndo, correndo
Com os braços abertos para os meus
Fazendo as curvas do caminho
Bordado de mato verde
Lá vem ela saltitante
Entre arbustos e flores do campo
Aparece por detrás dos galhos
Abraça-me velozmente
Como se fosse a primeira vez

RESQUÍCIOS DE POESIA-VOZ DO POETA

Jazem aqui, os versos que se soltaram dos lábios meus e agora repousam. Minha alma grita ensopada por este amor real que deixa meu humilde ser submergido pela ígnea paixão de amar a vida, desenhar as perturbações vividas pelos sentimentos humanos.
Nos momentos que escrevo que leio meus versos, sou por inteiro poesia. Uma vida avassalada pela ternura dos laços afetivos que transparece num momento único, quando os olhos observa o desabrochar de uma rosa vermelha. Como o romper da aurora que depois se vai, no silêncio do tempo. Embaixo do mesmo sol, mas nunca das mesmas noites. Estas palavras que desabam sobre estas páginas brancas, numa coreografia intensa, que me faz bailar nas águas do amor. Banhando nossas almas apascentadas por uma saudade silenciosa, em pastos verdejantes. Desliza pelos sentimentos, provocados pelos momentos intensos que humaniza nossa existência, e Deusifica pela singeleza de saber amar.
Nos meus rabiscos, nestes resquícios de poesia, deste compasso, que falo da beleza, dos sorrisos, do coração adolescente das mulheres dengosas que enfeitaram meus versos. Da policromia da polifonia compactada nas sílabas das palavras. São destiladas gota a gota em versos líricos, dramáticos e religiosos. Perdi-me neste devaneio, neste céu que alço voos sem destino.
Das fagulhas de lirismo que escorregam como cachoeira sobre as paginas da minha vida. Não aguentando mais ficar calado, escrevo, despindo minha alma tatuada de lembranças. Procurei um canto envolvido no silêncio. Encontrei, dentro do meu peito gelado, pra escrever estes versos que às vezes rima lirismo agudo, e religiosidade. Sentimentos dos mais límpidos, entrelaçados no drama da teia humana.

DIA DOS NAMORADOS

Um dia você me viu e eu te olhei
Achei que contemplastes tudo que havia em mim
Minha maneira de recriar a realidade observar o ir e vir das pessoas
E eu queria falar de você, mas meu jeito tranquilo só escreve.
Queria que rompesse essa barreira transparente que existe nos meus gestos tranquilo de te olhar. Você não me ver, estou escondido na tranquilidade, na introspecção do desejo de ser lido por você.
Daí talvez eu te conquistasse mesmo sendo o que sou. Se penso em você, me embaralho nos versos; se penso menos, me entrelaço no romantismo do meu eu.
Quando não canto; escrevo; quando não escrevo; penso;
Quando não penso; sou todo você, e minha alma se despe da timidez e te amo. Te amo sozinho, no frio de um silêncio apaixonado.
Com meu jeito quieto te olho disfarçado. A minha voz quase não se ouve, observo tudo, e acaba nas pautas do meu caderno de escrever ou nas composições com o meu negro violão. Você segue ligeira e eu tranquilo.
Quando escutas minhas palavras, ficas como és. Em meu silêncio, não te enxergo, escondido na minha timidez de poeta observador.