Santo Estêvão das garotas bonitas, as histórias de amor são escritas em tuas praças, onde a garota adolescente ganha seu primeiro beijo e as ondas do amor afogam os corações meninos.
Nas tuas campinas se ouviu o canto dos cardeais, que nas primeiras horas, já em claro, acorda o homem do campo para trabalhar. Tuas praças têm árvores, têm palmeiras em frente à igreja matriz.
Tem andorinha batendo asas, beija-flor nos teus jardins. Têm os Becos do Salgado e o Rio Curumatai. Tem a bata de feijão, amendoim e batata doce. Têm os evangélicos pedindo para Deus abençoá-la.
As raízes de mandioca crescem no horizonte deste solo, fazem farinha, tapioca, fazem beiju. Tem banana, manga e cana de açúcar no quintal de seu Antõe.
Teus poetas desabrocham em canções e poesias. Meu coração é uma comporta aberta cidade minha, que transborda rabiscos de poesia na harmonia das tuas noites silenciosas.
Santo Estêvão dos amores roubados e de sonhos sequestrados, da poetisa apaixonada que se encontra com seu amor em meio às flores dos teus jardins. Em seu caderno de escrever surgem os primeiros versos. Ouvi o canto dos pardais famintos e o barulho das asas dos pombos que passeiam nas tuas praças.
