CRÔNICAS
DO REVEILLON
Nas
asas dos versos vou revoando no limite dos anos que se encontram daqui a
algumas horas
O
meu “eu lírico” vai navegando nas aventuras humanas, e rindo dos fatos, do Amor
que encasula o meu peito aquecendo os sonhos nas ribanceiras que a vida provoca
na dança da alma nua dos poetas e poetisas. Caminho por este caminho inédito,
que trilhei uma vez pra nunca mais. O que foi escrito ficou grafado, e as histórias
protagonizadas, unicamente ficam escritas em nossa cabana dos sentimentos ou na
tenda da fraternidade que nos cercam dia e noite.
Na
tábua do coração ou na fibra ótica da alma que incandesce em meio às luzes do
Natal, O Novo vai surgindo em meio à esperança, que entrelaçam nos sonhos que
se agigantam na viela da vida,e, que sorrateiramente vai passando junta ao
tempo que pinga feito gotas de areia no deserto da vida humana. A Humanidade se
Abraça, cada um há seu tempo no compasso do tempo, dos últimos minutos do ano.
Contagem regressiva e as almas banhadas de esperanças, euforicamente ou presas
a um silêncio mórbido caminham sobre a ponte do tempo.
Nos
últimos minutos, o relógio do tempo fica em pausa, esperando as pessoas se
abraçarem para dar início ao novo ano.
Deixando
para trás, e arquivado na memória um tempo que girou vagarosamente 365 graus, e
que, agora fica estatizado, e começar a girar no hoje e no amanhã ao mesmo
tempo,No “Réveillon” Sem intervalo se une dando início a mais um capítulo de
três centenas seis dezenas e 5 unidades. Nessas unidades únicas acontecerá: a
passagem, a mudança, a virada, o reinício da primeira página de um capítulo
inédito, como acontece há milênios.
Debulhamos-nos na ladeira das emoções e como
grãos arredondados descemos, subindo os degraus que a vida construiu diante dos
nossos olhos, para que nesse exercício consigamos alcançar os sonhos mais
distantes. Degraus feitos de: Esperanças, gentilezas honestidade, maturidade
atitudes, e muitos outros degraus que precisaremos estar passo a passo
desenhando nossa caminhada sendo o
personagem principal de nossas histórias de vida que nos segue de perto fazendo
vibrar a existência dos seres.
Que
os períodos sejam compostos, e os adjetivos cubram nossos seres de virtudes,
que os signos sejam palavras significativas, as metáforas enfeitem o nosso
amanhecer, tornando-o numa metonímia adocicada e repleta de conteúdo do amor, e
que este sol brilhe em nosso jardim aquecendo o quintal das nossas vidas. Que
os sonhos se convirjam neste próximo ano, deixando nosso ser ensopado do mel da
vida. Assim, persigamos, sendo protagonista das nossas histórias.
Preenchemos
cada página desse novo ano, sabendo que são únicas. O tempo é único, não
retrocede podemos até corrigir reescrevendo outra página, mas nunca apagar o
que continua sem pausa sendo escrito pelo lápis do tempo, pintado pelo pincel
do existir em outro tempo, mas nunca no mesmo tempo.
Então que sejamos professores, não
simplesmente platéia no palco da vida. Vamos dar as mãos e conquistarmos juntos,
a sublimidade de sermos mais humanos a cada dia deste novo tempo, que se
explode em tom de luzes, numa sinfonia fonocromática adocicando os sonhos com
os gestos mais humano que blindam com
fios de diamante e aço a teia humana.
Dias
atrás, observo serenamente a lua disvestida parcialmente por um manto noturno
de cetim olho, e torno a olhar, enchendo meu peito de escamas ao arrepiar dos
pés ao coro cabeludo então escrevo até o sono chegar. Vou nesta dança dos
sentimentos olhando o reflexo da lua sobre a cama do nosso ninho de amor
enquanto as luzes de natal piscam na vidraça refletindo na superfície lunar
distante adormecida serenamente, noitificada parcialmente por um pequeno manto
de cetim
Aqui as histórias surgem feito ondas
magnéticas, vibrando a cada atitude tomada neste espaço só nosso. Os núcleos
atômicos giram numa magistral catarse que deixa translúcidos os espaços da emoção.
Meus pensamentos voam por um mar de poesia que só “eu” sei o caminho
desconhecido que vou conhecendo e desconhecendo pra ter um sabor mais gostoso a
cada descoberta. Às vezes prefiro estar perdido, e me encontro dentro dos meus
poemas que não são tão meus, mas da humanidade que vive e revive intensamente o
Amor.
Assim
desejo ser poeta reinventando o que sempre existiu na história do tempo, das
descobertas secretas que revigora nostalgicamente o sabor da paixão vivida. Da
chama ígnea, da cor alabastro que fotografa a alma “scanneing” o profundo dos
seres.
Com
olhares descortinados atravessaremos este compasso termitente do tempo, diante
da janela da vida, que reúnem: os milésimos, segundos minutos, horas, dias,
semanas e meses para formar a história de mais um ano que se emerge a cada
segundo da despedida do outro que desce na correnteza do riacho do tempo
inudado de saudades.
Denival Matias-